Ela apareceu na festa de aniversário de Jane.
Estava furiosa. Ameaçava invadir o local. Queria falar com Jane de qualquer jeito.
Uma das organizadoras do evento perguntou a Jane se ela queria que os seguranças retirassem a moça à força da porta.
Jane não só disse que não, mas também pediu que permitissem a entrada dela.
Ela se aproximou de Jane e disse agressivamente que os testes em animais pra fins médicos – que incluem chimpanzés, cães e ratos confinados em gaiolas de laboratório dos seus respectivos tamanhos – tinham salvado a vida da filha dela e que era injusto Jane querer acabar com isso.
Calmamente, Jane se virou pra ela e perguntou:
– Você não é extremamente grata ao animal que morreu pra salvar a vida da sua filha? Tenho certeza que sim. E, se a vida desse animal fez algo tão grandioso pela sua, por que não lutar pra que ele seja melhor tratado?
A moça silenciou. Minutos depois, agradeceu. Reconheceu que nunca tinha pensado por esse lado e que, a partir daquele dia, lutaria pela causa dela também pensando no bem-estar deles.
Há quem chame Jane de cientista. Há quem chame de Jane de ativista. Prefiro chamar Jane de a mulher que todo mundo deveria conhecer.