Fotos: Ken Balcomb / Whale Research Center
Em outubro do ano passado, um estudo divulgado pela Universidade de Manchester revelou as habilidades sociais sofisticadas das orcas, semelhantes a várias encontradas na cultura humana – entre elas, o luto e a estrutura emocional complexa.
Não podemos afirmar que somos exatamente iguais – porque as orcas são mais inteligentes e organizadas que nós. Mas dá pra dizer que cada um tem seu tempo. Você tem o seu. Eu tenho o meu. Tahlequah, a orca que estava carregando seu filho morto desde o fim de julho, tem o dela.
17 dias e mil milhas.
Hoje, ela finalmente deixou ele partir.
“Era uma vez aceitável atirar nelas ou colocá-las em aquários (cerca de 50 residentes do sul foram capturadas dessa forma, incluindo a Shamu original – que o SeaWorld transformaria em apelido comercial de seus produtos).
Essas atitudes começaram a mudar na década de 1970, quando o biólogo marinho canadense Michael Bigg fez um censo e descobriu apenas algumas centenas de orcas no noroeste do Pacífico em vez de milhares que haviam sido capturadas.
Bigg também percebeu que podia distinguir as orcas pela forma da barbatana dorsal e das manchas brancas. Essa visão revolucionária, na qual muitos cientistas não acreditavam na época, lançou as bases para um censo notável de quatro décadas que ainda está em andamento – uma oportunidade de conhecer completamente uma população de orcas em um pequeno barco sem grandes gastos”.
Lembro que, certa vez, uma bióloga fez comentários superagressivos em um dos meus textos, alegando o que quase todos os parques marinhos, aquários e zoológicos defendem: se não fosse o cativeiro, não seria possível estudar o comportamento de animais selvagens.
Ainda bem que a liberdade não deixa ninguém sem resposta.