Era um dia em que eu estava por ela.
Não trabalhei, não almocei.
Emaranhada em laudos, textos, datas.
Meus esforços estavam todos concentrados no artigo que contava a história de Bambi – a elefanta capturada da natureza ainda na infância e explorada pela indústria circense por quase todos os seus 58 anos de vida.
Em 2009, depois da lei que proíbe a utilização de animais selvagens em espetáculos de circo em algumas regiões, ela foi encontrada em um sítio localizado na cidade de Limeira, com uma das patas presa e rodeada por uma cerca elétrica.
Bambi foi enviada ao Zoológico de Leme e, em 2014, transferida para o de Ribeirão Preto, onde estava vivendo até hoje… assim.
O objetivo era disseminar o máximo de informação possível e fortificar a luta por sua liberdade.
E, todos juntos, com inúmeras forças unidas, conseguimos.
Acaba de sair a decisão da Justiça que autoriza a transferência de Bambi para o Santuário de @elefantesbrasil:
“Destaco a existência de imagens e laudos técnicos dando plausibilidade às alegações de maus-tratos, robustecida pela insatisfação popular, além do perigo existente, desde o próprio prolongamento do sofrimento em si, como possível morte do elefante e a especialização do santuário para acolhimento desta espécime.”, afirma o relator.
Desculpe a demora, majestosa senhora. E bem-vinda à vida que você deveria ter tido.
Imagens: Bosque e Zoológico Fábio Barreto