A imagem é ruim, mas o que ela representa, pior.
É da década de 1990, quando Ken Balcomb levou até Lolita – orca que vive sozinha em um aquário de Miami, no tanque mais retrógrado dos Estados Unidos – um gravador com vocalizações emitidas por membros de sua família, que ainda está viva e livre na costa da Islândia.
Neste ano, o cativeiro de Lolita completa 49 anos – mais de 30 solitários, desde que seu companheiro Hugo morreu aos 12 anos de idade, depois de danos cerebrais autoinfligidos – ele batia a própria cabeça contra o tanque.
A ironia é que, para quem vai vê-la, sobram momentos em família.
Para ela, sobra isso.