Elizabeth Fritzl.
Foi sequestrada em 1984, aos 18 anos, pelo próprio pai. Viveu confinada num bunker – uma espécie de buraco blindado – no porão da casa dele por 24 anos.
Hoje, Elisabeth vive com os seis filhos, frutos dos anos de abusos sofridos, em uma aldeia austríaca com o namorado. Todos os membros da família têm novos nomes e seguem a vida normalmente.
Nossa, mas depois de anos e anos em cativeiro, sofrendo abusos e mais abusos, ela poderia ter uma vida normal? Ela seria capaz de voltar ao convívio social? Ela conseguiria se adaptar novamente à liberdade?
Bom, pelo que eu me lembro, nenhum especialista cogitou deixar Elizabeth dentro do bunker por que ia ser melhor pra ela.
Claro que não dá pra comparar com a história de Lolita, imagina. Porque as orcas não são como os outros mamíferos em suas capacidades cognitivas, empáticas e de memória. Em outras palavras, podem ter mais chances de adaptabilidade que a gente.
Os argumentos de “especialistas” publicados ontem de manhã no Miami Herald, afirmando que o melhor pra Lolita seria mantê-la em cativeiro, além de ridicularizar os ativistas, subestima outros estudiosos, biólogos e cientistas.
E tudo bem, porque tem humano que precisa subestimar outro humano pra provar alguma coisa pra outro humano.
Agora, subestimar um animal que tem 3 toneladas, 6 metros e um cérebro quatro vezes maior que o seu só prova que a sua empáfia é bem maior que a sua inteligência.
Publicação original: