Fotos: Global Sanctuary for Elephants
Teresita chegou ao Zoológico de São Paulo em março de 1996.
Vinda de um circo, passou quase toda a vida em cativeiro.
Elefantes africanos, como Teresita, costumam ser chamados de “elefantes maus” na cruel indústria do entretenimento. São mais robustos, reativos e passionais. Diferente dos elefantes asiáticos, mais reflexivos e pacientes. Pela diversidade comportamental, não dividem o mesmo território. Por isso, mesmo depois de chegar ao Zoo, Teresita seguiu vivendo sozinha, separada dos dois exemplares asiáticos.
No início de 2014, o Global Sanctuary for Elephants fez uma visita à Teresita. Em 30 minutos, ela repetiu o mesmo comportamento por, aproximadamente, 20 vezes: http://www.globalelephants.org/website/sao-paulo-zoo-elephants/.
Hoje, o Zoo divulgou a morte de Teresita, aos 40 anos aproximados, em decorrência de uma pneumonia somada a uma infecção grave de ouvido.
A instituição fez questão de ressaltar que não mediu esforços pra tratar a saúde de Teresita – o que eu realmente acredito. Mas a verdade é que nós, seres humanos, só estamos remediando o problema que nós mesmos causamos.
Não deveria ser assim, mas, pra Teresita, a morte pode ter lhe tirado um peso das costas.
A tristeza é que ela parte sem nunca ter tido seu próprio espaço ou ter sido dona de seu próprio tempo. E esse peso é só nosso.
#dontbecaptivatedbycaptivity