Foto: Reprodução de vídeo.
Publicitários, assim como eu, vivem de envelopar histórias pra que a sociedade consuma. Existem aqueles que trabalham bem e pro bem, aqueles que trabalham mal e pro mal, e os que têm a ideia de levar um urso, de focinheira, num estádio de futebol, segurando uma bola de futebol, pra entregar pra um juiz de futebol.
Quando a gente vê um golfinho saltando e fazendo movimentos com a boca que se assemelham a um sorriso (o que, na verdade, é um sinal de estresse), tudo com uma música alta e animada de fundo, não justifica, mas explica o fato de uma pessoa desinformada aplaudir.
Quando a gente vê um urso polar num ambiente decorado e climatizado como seu habitat natural (o que, na verdade, é mais parecido com um cenário de desenho animado do que com a vida selvagem propriamente reproduzida), não justifica, mas explica o fato de uma pessoa desinformada aplaudir.
Quando a gente vê um elefante balançando calmamente a tromba na parte exposta e, consequentemente, bonita do seu recinto (o que, na verdade, tem muito mais a ver com tristeza do que com tranquilidade), não justifica, mas explica o fato de uma pessoa desinformada aplaudir.
Agora, quando a gente vê um urso, de focinheira, num estádio de futebol, segurando uma bola de futebol, pra entregar pra um juiz de futebol, não justifica, nem explica.
É a típica ideia que um bobo tem, um mais bobo aprova, e outro bobo executa.
Bom, talvez seja esse o público-alvo e eu que não percebi: porque aí quem é bobo aplaude, né.
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