Foto: Divulgação
Não, ele não vai.
Foi o que eu disse na escola do meu filho sobre a possibilidade de um passeio para um aquário neste ano.
A negação veio acompanhada de todos os argumentos possíveis: que os comportamentos dos animais em cativeiro não são genuínos, que já existem outros inúmeros métodos de educação e que eu poderia mandar a lista por e-mail, porque, né, é vasta.
Ah, mas a gente explica.
Esta é Smooshi. Uma morsa capturada da natureza na Rússia e vendida em 2004, aos 18 meses de idade, para o Marineland do Canadá.
Se levasse meu filho para ver Smooshi, o que explicaria?
Explicaria que ela foi tirada da mãe quando tinha a idade dele?
Explicaria que, hoje, ela vive nos bastidores do parque, em um pequeno tanque com água suja e inundada de cloro para disfarçar o cheiro ruim?
Explicaria que, por algum motivo que a gente não sabe explicar, ela foi presa sem ter feito nada?
Porque isso é educação.
O resto é só uma mentira que a gente conta pra quem a gente ensina que é feio mentir.
Publicação original na ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais: