Campanha ‘Não Mate, Trate’ chama atenção para o tratamento aprovado da Leishmaniose Visceral Canina, antes tida como fatal
Quem teve um cão com Leishmaniose Visceral Canina até o começo de 2017 sabe das implicações desse diagnóstico. Os cachorros infectados pela picada do mosquito palha, além de não terem tratamento disponível, eram vistos como ameaça de transmissão da doença para humanos. A recomendação era certa: eutanásia.
Mas essa realidade mudou. Neste ano, os Ministérios da Saúde e da Agricultura aprovaram o tratamento para cães com leishmaniose. A doença em animais agora é entendida como o que realmente é: infecciosa, mas não contagiosa. Acontece que apenas o mosquito consegue transmitir a doença, o cachorro é só um hospedeiro. Mordidas, arranhões, lambeduras e dejetos não são capazes de contagiar seres humanos ou outros animais.
Como a chegada do tratamento é recente, muitos veterinários e tutores ainda desconhecem essa alternativa. E com isso em vista, a ONG Arca Brasil e a Brasileish, associação para pesquisa e orientação sobre a doença, lançaram a campanha #NãoMateTrate, apoiada pela publicitária e ativista Carol Zerbato.
“Não há cura, mas há tratamento. E todo tutor responsável tem o dever de lutar pela vida dos seus cães, assim como os cães têm o direito de viver”, esclarece Carol Zerbato.
Conhecida por sua luta contra exploração de animais em cativeiro pela indústria do entretenimento, a ativista entra na causa em prol da conscientização social, já que a doença é crônica e requer atenção por toda a vida do cachorro, mas não justifica mais a morte induzida.
Outras personalidades como a atriz Paolla Oliveira também se juntaram à campanha. Em sua conta nas redes sociais, a global defende: “A doença tem tratamento e, com dedicação, cuidado e carinho, seu amigo pode voltar a ter uma vida saudável”.
Publicação original no Correio Braziliense: