Foto: Respect Animal Rights
Vi duas fotos ontem.
A primeira de uma família aproveitando o feriado pra levar a filha pra conhecer o SeaWorld. Que, por incrível que pareça, me deixou mais triste do que esta segunda, divulgada nesse sábado, da barbatana dorsal de Katina – orca capturada da natureza em 1978, aos 3 anos de idade, na Islândia.
Em nota, o parque de Orlando, onde ela (sobre)vive hoje, alegou que o ferimento foi consequência de uma interação entre as orcas.
Ah, mas isso é uma fatalidade, pode acontecer na natureza também. Então, não. Isso porque, em ambiente natural, orcas vivem em clãs, cujas matriarcas são respeitadas e seguidas, com dialetos específicos e numa organização incrível em que os mais novos aprendem e respeitam os mais velhos. No cativeiro, animais de diferentes clãs são misturados, e, além de não usarem a mesma linguagem pra se comunicar, ficam sem referência hierárquica. E aí é cada um por si.
Esta segunda foto é só consequência da primeira.
Eu não tomo partido de religião. Acho que respeito com o que cada um acredita é bom e todo mundo gosta. Mas, se a Páscoa dissemina uma energia de renascimento, é melhor a gente aproveitar e tentar ser melhor, porque não dá mais pra adiar.
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